sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

SEXTA-FEIRA APÓS A EPIFANIA DO SENHOR II Semana do Saltério


REFLEXÃO PESSOAL - Pe.Rosival Gomes da Silva
Crer é o primeiro passo fundamental para se viver bem no mundo para o qual fomos colocados. Não basta somente recebermos, se faz necessário que tenhamos o conhecimento, agregando desta forma a experiência de vida. Ora, para se conhecer e experienciar é fundamentalmente necessário que nos debrucemos de joelhos no estudo da Palavra de Deus. Não é suficiente o que os outros dizem, este tempo já passou, ainda hoje, além de necessitarmos de formadores, além do que é dito por eles, que busquemos também a pesquisa, a oração, isto é, a relação com o Deus da vida, inclusive nos valendo dos fatos e acontecimentos de ontem e de hoje. "Eu asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida (João 5:24). Quem crê no Filho de Deus tem em si mesmo esse testemunho. Quem não crê em Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca de seu Filho. E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida. Escrevi estas coisas a vocês que creem no nome do Filho de Deus, para que saibam que têm a vida eterna (1 João 5:10-13). No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva". Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado (João 7:37-39). Jesus também quis ser batizado, levado às aguas, onde mais adiante Ele vai dizer: Eu sou a água viva, quem beber essa água não terá mais cede".Depois disse Deus: "Haja entre as águas um firmamento que separe águas de águas". Então Deus fez o firmamento e separou as águas que ficaram abaixo do firmamento das que ficaram por cima. E assim foi. Ao firmamento, Deus chamou céu. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o segundo dia (Gênesis 1:6-8). No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva". Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado (João 7:37-39). Havia ali o poço de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se à beira do poço. Isto se deu por volta do meio-dia. Nisso veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: "Dê-me um pouco de água". (Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.) A mulher samaritana lhe perguntou: "Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?" (Pois os judeus não se dão bem com os samaritanos.) Jesus lhe respondeu: "Se você conhecesse o dom de Deus e quem está pedindo água, você lhe teria pedido e dele receberia água viva". Disse a mulher: "O senhor não tem com que tirar água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva? Acaso o senhor é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos e seu gado?" Jesus respondeu: "Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna"(João 4:6-14).Alguns homens da cidade foram dizer a Eliseu: "Como podes ver, esta cidade está bem localizada, mas a água não é boa e a terra é improdutiva". E disse ele: "Ponham sal numa tigela nova e tragam-na para mim". Quando a levaram, ele foi à nascente, jogou o sal ali e disse: "Assim diz o Senhor: 'Purifiquei esta água. Não causará mais mortes nem deixará a terra improdutiva' ". E até hoje a água permanece pura, conforme a palavra de Eliseu (2 Reis 2:19-22).
O evangelho nos conta que o Senhor foi ao Jordão para ser batizado e quis ser consagrado neste rio por sinais do céu.
Não é sem razão que celebramos esta festa pouco depois do dia do Natal do Senhor, já que os dois acontecimentos se verificaram na mesma época, embora com diferença de anos; julgo que também ela deve chamar-se festa do Natal.
No dia do Natal, Cristo nasceu entre os homens; hoje renasce pelos sinais sagrados; naquele dia, nasceu da Virgem; hoje é gerado pelos sinais do céu. No Natal, ao nascer o Senhor segundo a natureza humana, Maria, sua mãe, o acaricia em seu colo; agora, ao ser gerado entre os sinais celestes, Deus, seu Pai, o envolve com sua voz, dizendo: Este é o meu filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o (Mt 17,5). Sua mãe o traz nos braços com ternura, seu Pai lhe presta o testemunho de amor. A Mãe apresenta-o aos magos para que o adorem, o Pai apresenta-o às nações para que o reverenciem.
O Senhor Jesus foi, portanto, receber o batismo e quis que seu santo corpo fosse lavado nas águas.
Talvez alguém diga: “Se ele era santo, por que quis ser batizado?” Escuta: Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las e para purificar as torrentes com o contato de seu corpo. A consagração de Cristo é sobretudo a consagração da água.
Assim, quando o Salvador é lavado, todas as águas ficam puras para o nosso batismo; a fonte é purificada para que a graça batismal seja concedida aos povos que virão depois. Cristo nos precede no batismo para que os povos cristãos sigam confiantemente o seu exemplo. Vejo aqui um significado misterioso: também a coluna de fogo ia na  frente através do mar Vermelho, para que os filhos de Israel a seguissem corajosamente no caminho; foi a primeira a atravessar as águas, a fim de abrir caminho aos que vinham atrás. Este acontecimento, como diz o Apóstolo, era uma figura do batismo. Foi certamente uma espécie de batismo, no qual os homens eram cobertos pela nuvem e passavam através das ondas.
Tudo isso foi realizado pelo mesmo Cristo nosso Senhor, que agora, na coluna do seu corpo, precede no batismo os povos cristãos, como outrora, na coluna de fogo, precedeu através do mar os filhos de Israel. Sim, é a mesma coluna que outrora iluminou os olhos dos caminhantes que hoje enche de luz os corações dos que creem. Outrora abriu um caminho seguro entre as ondas, hoje firma no batismo os passos da nossa fé.

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio. R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
Hino
Vendo os Magos a Criança,
vão abrindo seus tesouros
e lhe fazem oferendas
de incenso, mirra e ouro.

Ó Menino, nos presentes,
pelo Pai determinados,
reconheces sinais claros
do poder do teu Reinado.

Para o Rei é dado o ouro,
para Deus, o incenso puro.
Mas a mirra prenuncia
do sepulcro o pó escuro.

Ó Belém, cidade única
entre todas as nações,
tu geraste, feito homem,
o Autor da salvação!

Como provam os profetas,
Deus, o Pai que nos criou,
enviou Jesus ao mundo,
Juiz e Rei o consagrou.

O seu reino abrange tudo:
Oriente e Ocidente,
dia e noite, terra e mares,
fundo abismo e céu fulgente.

Glória a vós, ó Jesus Cristo,
que às nações vos revelais,
com o Pai e o Santo Espírito
pelos séculos eternais.
Salmodia

Ant. 1 Repreendei-me, Senhor, mas sem ira! 

Salmo 37(38)

Súplica de um pecador em extremo perigo
Todos os conhecidos de Jesus ficaram à distância (Lc 23,49).

I
2 Repreendei-me, Senhor, mas sem ira; *
 corrigi-me, mas não com furor!

3 Vossas flechas em mim penetraram; *
vossa mão se abateu sobre mim.
4 Nada resta de são no meu corpo, *
pois com muito rigor me tratastes!

– Não há parte sadia em meus ossos, *
pois pequei contra vós, ó Senhor!
5 Meus pecados me afogam e esmagam, *
como um fardo pesado me oprimem.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Repreendei-me, Senhor, mas sem ira!

Ant. 2 Conheceis meu desejo, Senhor.

II
6 Cheiram mal e supuram minhas chagas *
por motivo de minhas loucuras.
7 Ando triste, abatido, encurvado, *
todo o dia afogado em tristeza.

8 As entranhas me ardem de febre, *
já não há parte sã no meu corpo.
9 Meu coração grita e geme de dor, *
esmagado e humilhado demais.

10 Conheceis meu desejo, Senhor, *
meus gemidos vos são manifestos;
=11 bate rápido o meu coração, †
minhas forças estão me deixando, *
e sem luz os meus olhos se apagam.

=12 Companheiros e amigos se afastam, †
fogem longe das minhas feridas; *
meus parentes mantêm-se à distância.

13 Armam laços os meus inimigos, *
que procuram tirar minha vida;
– os que buscam matar-me ameaçam *
e maquinam traições todo o dia.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Conheceis meu desejo, Senhor.

Ant. 3 Confesso, Senhor, minha culpa:
salvai-me, e jamais me deixeis!

III
14 Eu me faço de surdo e não ouço, *
eu me faço de mudo e não falo;
15 semelhante a alguém que não ouve *
e não tem a resposta em sua boca.

16 Mas, em vós, ó Senhor, eu confio, *
e ouvireis meu lamento, ó meu Deus!
17 Pois rezei: “Que não zombem de mim, *
nem se riam, se os pés me vacilam!”

18 Ó Senhor, estou quase caindo, *
minha dor não me larga um momento!
19 Sim, confesso, Senhor, minha culpa: *
meu pecado me aflige e atormenta.

=20 São bem fortes os meus adversários †
que me vêm atacar sem razão; *
quantos há que sem causa me odeiam!
21 Eles pagam o bem com o mal, *
porque busco o bem, me perseguem.

22 Não deixeis vosso servo sozinho, *
ó meu Deus, ficai perto de mim!
23 Vinde logo trazer-me socorro, *
porque sois para mim Salvação!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Confesso, Senhor, minha culpa:
salvai-me, e jamais me deixeis!

V. No verbo de Deus era a vida.
R. E a vida era a luz para os homens.

Primeira leitura
Do Livro do Profeta Isaías
             65,13-25

Um novo céu e uma nova terra
13 Isto diz o Senhor Deus:
“Eis que os meus servos terão alimento,
e vós tereis fome;
os meus servos terão água para beber
e vós tereis sede;
os meus servos estarão alegres,
e vós estareis envergonhados;
14 
os meus servos entoarão louvores, com a alma em júbilo,
vós gritareis de dor e aflição
e rugireis de desespero na alma.
15
 E deixareis para os meus servos o vosso nome
como marca de maldição:
Que o Senhor Deus te faça morrer!,
e ele chamará os seus servos com nome diferente.
16
 Quem usar para si no país a marca de bênção,
usará para si a bênção Por-Deus-Amém,
e quem usar de um juramento, no país,
usará a forma Por-Deus-Amém;
antigas aflições cairão no esquecimento,
ficarão escondidas de meus olhos.
17
 Eis que eu criarei
novos céus e nova terra,
coisas passadas serão esquecidas,
não voltarão mais à memória.
18
 Ao contrário, haverá alegria e exultação sem fim
em razão das coisas que eu vou criar;
farei de Jerusalém a cidade da exultação
e um povo cheio de alegria.
19
 Eu também exulto com Jerusalém
e alegro-me com o meu povo;
ali nunca mais se ouvirá
a voz do pranto e o grito de dor.
20
 Ali não haverá crianças condenadas
a poucos dias de vida
nem anciãos que não completem seus dias.
Será considerado jovem
quem morrer aos cem anos;
e quem não alcançar cem anos,
passará por maldito.
21 
Construirão casas para nelas morar,
plantarão vinhas para comer seus frutos.
22
 Não acontecerá que um construa e outro more,
tampouco um plantará e outro comerá;
pois o meu povo alcançará a idade das árvores,
e meus eleitos consumirão o produto do seu trabalho.
23
 Não se fatigarão debalde
nem terão filhos que morram subitamente,
porque serão uma estirpe abençoada pelo Senhor
e seus descendentes o serão igualmente.
24
 Então acontecerá que,
antes que me chamem, lhes responderei,
ainda estarão falando e eu os atenderei.
25
 O lobo e o cordeiro pastarão juntos,
o leão, como o boi, comerá palha,
e o alimento da serpente é o pó.
Não se causará dano nem morte
em todo o meu santo monte”,
diz o Senhor.

Responsório             Ap 21,1.3.4

R. Eu vi um novo céu, eu vi uma nova terra;
ouvi uma forte voz, vinda do trono, que dizia:

Eis a tenda de Deus no meio do povo,
seu lugar para morar.

V.
 O Senhor enxuga de seus olhos toda grima;
nunca mais haverá morte, pois passou o tempo antigo. * Eis a tenda.
Segunda leitura
Dos Sermões de São Máximo de Turim, bispo
(Sermo 100, de sancta Epiphania 1, 3: CCL 23, 398-400)            (Séc. V)

Os sinais do batismo do Senhor
O evangelho nos conta que o Senhor foi ao Jordão para ser batizado e quis ser consagrado neste rio por sinais do céu.
Não é sem razão que celebramos esta festa pouco depois do dia do Natal do Senhor, já que os dois acontecimentos se verificaram na mesma época, embora com diferença de anos; julgo que também ela deve chamar-se festa do Natal.
No dia do Natal, Cristo nasceu entre os homens; hoje renasce pelos sinais sagrados; naquele dia, nasceu da Virgem; hoje é gerado pelos sinais do céu. No Natal, ao nascer o Senhor segundo a natureza humana, Maria, sua mãe, o acaricia em seu colo; agora, ao ser gerado entre os sinais celestes, Deus, seu Pai, o envolve com sua voz, dizendo: Este é o meu filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o (Mt 17,5). Sua mãe o traz nos braços com ternura, seu Pai lhe presta o testemunho de amor. A Mãe apresenta-o aos magos para que o adorem, o Pai apresenta-o às nações para que o reverenciem.
O Senhor Jesus foi, portanto, receber o batismo e quis que seu santo corpo fosse lavado nas águas.
Talvez alguém diga: “Se ele era santo, por que quis ser batizado?” Escuta: Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las e para purificar as torrentes com o contato de seu corpo. A consagração de Cristo é sobretudo a consagração da água.
Assim, quando o Salvador é lavado, todas as águas ficam puras para o nosso batismo; a fonte é purificada para que a graça batismal seja concedida aos povos que virão depois. Cristo nos precede no batismo para que os povos cristãos sigam confiantemente o seu exemplo. Vejo aqui um significado misterioso: também a coluna de fogo ia na  frente através do mar Vermelho, para que os filhos de Israel a seguissem corajosamente no caminho; foi a primeira a atravessar as águas, a fim de abrir caminho aos que vinham atrás. Este acontecimento, como diz o Apóstolo, era uma figura do batismo. Foi certamente uma espécie de batismo, no qual os homens eram cobertos pela nuvem e passavam através das ondas.
Tudo isso foi realizado pelo mesmo Cristo nosso Senhor, que agora, na coluna do seu corpo, precede no batismo os povos cristãos, como outrora, na coluna de fogo, precedeu através do mar os filhos de Israel. Sim, é a mesma coluna que outrora iluminou os olhos dos caminhantes que hoje enche de luz os corações dos que creem. Outrora abriu um caminho seguro entre as ondas, hoje firma no batismo os passos da nossa fé.

Responsório             Jo 1,29; Is 53,11

R. Disse João, quando viu Jesus vir:
*
 Eis aqui o Cordeiro de Deus,
o que tira o pecado do mundo.
V. Ele  de justificar a muitos, porque
sobre si leva os pecados do povo. Eis aqui.
Oração
Ó Deus todo-poderoso, que o natal do Salvador do mundo, manifestado pela luz da estrela, sempre refulja e cresça em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade

Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.

R. Graças a Deus.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O TEMPO DO ADVENTO

O tempo do advento nos faz pensar na vida enquanto ser-para-a-vida, mas também enquanto ser-para-o-por vir. É importante que todos nós, leigos e consagrados tenhamos uma vida comprometida com o Reino de Deus que se faz presente no aqui e no agora das nossas vidas, na prática do amor, da justiça amorosa e misericordiosa; no serviço e na partilha, abrindo as mentes e os corações para o bem que não pode tardar em chegar. Ninguém viver para si, nem morre para si, se vivemos e se morremos é para o Senhor, de modo que não percamos tempo.(Pe.Rosival Gomes da Silva)

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

REFLEXÃO PESSOAL - Pe.Rosival Gomes da Silva - VÉSPERAS

VÉSPERAS
REFLEXÃO PESSOAL - Pe.Rosival Gomes da Silva

Leitura breve 1Cor 15,55-57
Ó morte, onde está a tua vitória? Onde está o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. Graças sejam dadas a Deus que nos dá a vitória pelo Senhor nosso, Jesus Cristo. 
O tema sobre a morte está muito relacionado com o luta, em outras palavras também, com as perdas. Existe algo em nossas vidas que a não preparação para as perdas, culturalmente há em todos nós o apego para os ganhos, para nos apegarmos a matéria, trazendo assim uma profunda tristeza para os que ficam, ou mesmo para os que estão prestes a morte. Mesmo sabendo que com o evento da morte e ressurreição de Jesus, houve a inauguração de um novo tempo, a vitória de Jesus pelo fato da sua ressurreição, ainda assim temos medo de nos desgarrarmos deste mundo, bem como das coisas que construímos, ou pensamos que construímos. Duas realidades que delas nos deparamos: o pecado e a graça, a graça vem para nos dizer que o pecado existe como possibilidade se o homem assim permitir, pois ele não vem de Deus, Deus nos criou para a vida, para a santidade, mas sem luta, sem sacrifícios, etc. não existe a alegria da vitória. O dia de hoje, finados,  nos faz pensar e repensar os valores eternos: É durante o estado de vida, que o ser humano é convidado a aceitar a salvação pela fé em Cristo Jesus (Gal 2:16; Atos 4:12; I João 5:11-12) e aguardar o dia da gloriosa ressurreição onde Deus chamará os que dormem para devolver-lhes a vida (I Tess 4:16-17, I Cor 15:51-54). Mas não há nada que se possa fazer para ajudar alguém a aceitar essa verdade, depois de descer a sepultura. O motivo é que para alguém ser salvo, é necessário crer em Jesus, pois sem Jesus somos pecadores perdidos (Rom 3:23; 6:23); confessar sua condição pecaminosa (I João 1:9; Miq 7:18,19) e arrepender-se dos seus pecados (Atos 3:19; I João 1:9). Porém os mortos estão inconscientes, “não sabem coisa alguma”, não pensam, nem agem (Eclesiastes 9:5, 6 e 10; Salmo 146:4). Como pode então, um morto, crer, confessar e arrepender-se em seu estado mortal? O apóstolo João declarou em Apocalipse 14:13 – Felizes (Bem Aventurados) são os mortos que descansaram no Senhor… ou seja; durante o estado “vivo” (Racional), tomaram a decisão por aceitar o plano da salvação. A felicidade é creditada pelo fato de que um dia Deus devolverá a vida a estas pessoas e por isso, a morte é comparada para estes, como um sono. Embora muitos no dia 02 de novembro, tenham vertido lágrimas diante dos túmulos pela ausência afetiva e pessoal de um familiar ou amigo falecido, a Bíblia não nos deixou sem esperança. A morte não será um fim em si mesma para aqueles que morreram em Cristo. Resta uma esperança a estas pessoas e a todos que crêem. “Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e o que é mortal se revista da imortalidade… Então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (I Corintios 15:51-55). Olhe ao seu redor e verás pessoas carentes de bons relacionamentos, apoio, carinho, amor, atenção, mas principalmente, de encorajamento, para “Buscarem o Senhor enquanto se pode achar…” (Isa 55:6). 


V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.Aleluia.

Hino

Cristo, Rei de poder infinito,
para dar toda a glória a Deus Pai,
e honra a nós, os perdidos outrora,
as cadeias da morte quebrais.

Assumindo dos homens as dores,
enfrentastes a dor derradeira
e, morrendo, vencestes a morte,
pela qual a serpente vencera.

Do sepulcro surgindo mais forte
no fulgor do mistério pascal,
para a vida chamais novamente
quem morreu para a culpa fatal.

Concedei-nos a vida da graça,
para que, ao voltar como Esposo,
nos acheis com a lâmpada acesa,
prontos para o festim glorioso.
Recebei-nos, sereno Juiz,
no descanso e na luz da verdade,
nós, que a fé, o amor, a esperança
sempre uniram à Santa Trindade.

Estes servos, libertos do corpo,
que suspiram por vós, Sumo Bem,
recebei nas celestes moradas
para sempre a louvar-vos. Amém.
Salmodia 
Ant. 1 O Senhor te guardará de todo o mal:
Ele mesmo vai cuidar da tua vida!
Salmo 120(121)

1 Eu levanto os meus olhos para os montes: *
de onde pode vir o meu socorro?
2 'Do Senhor é que me vem o meu socorro, *
do Senhor que fez o céu e fez a terra!'

3 Ele não deixa tropeçarem os meus pés, *
e não dorme quem te guarda e te vigia.
4 Oh! não! ele não dorme nem cochila, *
aquele que é o guarda de Israel!

5 O Senhor é o teu guarda, o teu vigia, *
é uma sombra protetora à tua direita.
6 Não vai ferir-te o sol durante o dia, *
nem a lua através de toda a noite.

7 O Senhor te guardará de todo o mal, *
ele mesmo vai cuidar da tua vida!
8 Deus te guarda na partida e na chegada. *
Ele te guarda desde agora e para sempre!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. O Senhor te guardará de todo o mal:
Ele mesmo vai cuidar da tua vida!


Ant. 2 Se levardes em conta nossas faltas,
ó Senhor, quem poderia se salvar?
Salmo 129(130) 
1 Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, *
2 escutai a minha voz!
– Vossos ouvidos estejam bem atentos *
ao clamor da minha prece!

3 Se levardes em conta nossas faltas, *
quem haverá de subsistir?
4 Mas em vós se encontra o perdão, *
eu vos temo e em vós espero.

5 No Senhor ponho a minha esperança, *
espero em sua palavra.
6 A minh’alma espera no Senhor *
mais que o vigia pela aurora.

7 Espere Israel pelo Senhor *
mais que o vigia pela aurora!
– Pois no Senhor se encontra toda graça *
e copiosa redenção.

8 Ele vem libertar a Israel *
de toda a sua culpa.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.


Ant. 2 Se levardes em conta nossas faltas,
ó Senhor, quem poderia se salvar?

Ant. 3 
Para Deus nos remiu vosso sangue
dentre todas as tribos e línguas,
dentre os povos da terra e nações,
e fizestes de nós para Deus
sacerdotes e povo de reis.
Cântico Fl 2,6-11
=6 Embora fosse de divina condição, †
Cristo Jesus não se apegou ciosamente *
a ser igual em natureza a Deus Pai.

(R. Jesus Cristo é Senhor para a glória de Deus Pai!

=7 Porém esvaziou-se de sua glória †
e assumiu a condição de um escravo, *
fazendo-se aos homens semelhante. (R.) 
= Reconhecido exteriormente como homem, †
8 humilhou-se, obedecendo até à morte, *
até à morte humilhante numa cruz. (R.) 
=9 Por isso Deus o exaltou sobremaneira †
e deu-lhe o nome mais excelso, mais sublime, *
e elevado muito acima de outro nome. (R.) 
=10 Para que perante o nome de Jesus †
se dobre reverente todo joelho, *
seja nos céus, seja na terra ou nos abismos. (R.) 
=11 E toda língua reconheça, confessando, †
para a glória de Deus Pai e seu louvor: *
'Na verdade Jesus Cristo é o Senhor!' (R.)
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 
Ant. Para Deus nos remiu vosso sangue
dentre todas as tribos e línguas,
dentre os povos da terra e nações,
e fizestes de nós para Deus
sacerdotes e povo de reis.


Leitura breve 1Cor 15,55-57
Ó morte, onde está a tua vitória? Onde está o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. Graças sejam dadas a Deus que nos dá a vitória pelo Senhor nosso, Jesus Cristo. 
Responsório breve

R. 
Senhor, eu ponho em vós minha esperança: 
Que eu não fique envergonhado eternamente! 
R. 
Senhor. 
V. 
Vosso amor me faz saltar de alegria. 
Que eu não fique. Glória ao Pai. R. Senhor.
CÂNTICO EVANGÉLICO (BENEDICTUS) Lc 1,68-79
Ant. Todo aquele que o Pai me entregou,
há de vir até mim, diz Jesus;
e a quem vem até mim, nunca irei rejeitar.

 
A alegria da alma no Senhor 
46 A minha alma engrandece ao Senhor * 47 e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador;
48 pois ele viu a pequenez de sua serva, *
desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.

49 O Poderoso fez por mim maravilhas *
e Santo é o seu nome!
50 Seu amor, de geração em geração, *
chega a todos que o respeitam;

51 demonstrou o poder de seu braço, *
dispersou os orgulhosos;
52 derrubou os poderosos de seus tronos *
e os humildes exaltou;
53 De bens saciou os famintos, *
e despediu, sem nada, os ricos.
54 Acolheu Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor,

55 como havia prometido aos nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Todo aquele que o Pai me entregou,
há de vir até mim, diz Jesus;
e a quem vem até mim, nunca irei rejeitar.

Preces

 
Oremos a Cristo nosso Senhor, que nos deu a esperança de transformar o nosso pobre corpo à semelhança do seu corpo glorioso; e o aclamemos:

R. Senhor, sois nossa vida e ressurreição! 

Cristo, Filho do Deus vivo, que ressuscitastes vosso amigo Lázaro dentre os mortos,
 ressuscitai para a vida e para a glória os defuntos remidos com o vosso sangue. R. 

Cristo, consolador dos aflitos, que na morte de Lázaro, do jovem de Naim e da filha de Jairo, acorrestes compassivo a enxugar as lágrimas de seus parentes e amigos,
 consolai também agora os que choram a morte dos seus entes queridos. R. 

Cristo, Salvador dos homens, destruí em nosso corpo mortal o domínio do pecado, pelo qual merecemos a morte;
 para que em vós alcancemos a vida eterna.R. 

Cristo, Redentor do mundo, olhai com bondade para aqueles que não vos conhecem e vivem sem esperança;
 para que também eles acreditem na ressurreição dos mortos e na vida futura. R. 

Vós, que, ao curar o cego de nascença, lhe destes a alegria de poder ver o vosso rosto,
 revelai o esplendor da vossa face aos defuntos que ainda não chegaram à luz da glória. R. 

(intenções livres) 
Vós, que permitis a destruição da nossa morada terrestre,
 concedei-nos a eterna morada no reino dos céus.R.
 
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Pai nosso. 

Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que nos dais celebrar numa só festa os méritos de todos os Santos, concedei-nos, por intercessores tão numerosos, a plenitude da vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

O Senhor nos abençoe, 
nos livre de todo o mal 
e nos conduza à vida eterna. Amém.