É prazeroso poder meditar às cartas de São Paulo, porque ele nos dá o verdadeiro sentido do nosso batismo; descobrimos com ele que a vida cristã vai para além dos ritos somente, mas que passa a ter depois do mesmo, uma inserssão no meio do povo, principalmente frente à realidade ainda não conhecida por quem vive a penas no seu núcleo de evangelização, ou sacramental. Ele vai ao encontro de um povo carente, marginalizado pelos opressores do seu tempo, onde lá Deus é desconhecido, onde só existe o mal, a perversidade. Os que lá tentam chegar são ameaçados à não ir, reconhecendo-os, ou se autodenominando estranhos; lugar não aconselhado aos que são bons, ou puros de coração e de intenções. Tudo isto com a finalidade de não serem iluminados,ou suas ações más não serem conhecidas mais de perto. São Paulo passa por todos esses lugares, deixando sua marca, e marca de um homem comprometido com a verdade que provém do Evangelho, do próprio Cristo, a qual cabe em qualquer lugar. Ele vai aos lugares, mas não se contenta apenas em passar ou ficar por pouco tempo. Ver também a necessidade da sua presença em outros lugares. Em razão do seu compromisso com aquela realidade, não esquece, e ao retornar encoraja, reanima o povo que já se encontra na caminhada, mostrando a importância de perseverar no propósito um dia conhecido, ensinado e vivido pelo apóstolo dos gentios.
Diante das palavras belíssimas de São Paulo, vejo uma que muito me sensibiliza: "Pois a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência..."(IICor 1,12). Vemos aqui que é preciso que nossas palavras reflitam nossas ações e nossas ações nos leve a falar e vivermos profeticamentr.
A vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo!
Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia! Com efeito, à medida que em nós crescem os sofrimentos de Cristo, crescem também por Cristo as nossas consolações.Se, pois, somos atribulados, é para vossa consolação e salvação. Se somos consolados, é para vossa consolação, a qual se efetua em vós pela paciência em tolerar os sofrimentos que nós mesmos suportamos. A nossa esperança a respeito de vós é firme: sabemos que, como sois companheiros das nossas aflições, assim também o sereis da nossa consolação. Não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia. Fomos maltratados ali desmedidamente, além das nossas forças, a ponto de termos perdido a esperança de sair com vida. Sentíamos dentro de nós mesmos a sentença de morte, para que aprendêssemos a pôr a nossa confiança não em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos. Ele nos livrou e nos livrará de tamanhos perigos de morte. Sim, esperamos que ainda nos livrará se nos ajudardes também vós com orações em nossa intenção. Assim esta graça, obtida por intervenção de muitas pessoas, lhes será ocasião de agradecer a Deus a nosso respeito. A razão da nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência de que, no mundo e particularmente entre vós, temos agido com santidade e sinceridade diante de Deus, não conforme o espírito de sabedoria do mundo, mas com o socorro da graça de Deus. Em verdade, não vos queremos dizer coisa alguma diferente da que ledes em nossas cartas, e que compreendeis. E espero que reconheçais até o fim, como aliás já o tendes em parte reconhecido, que nós somos a vossa glória, exatamente como vós sereis a nossa, no dia do Senhor Jesus. (IICor 1,1-2).
Pe.Rosival Gomes da Silva
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