domingo, 24 de julho de 2016

OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES

GRANDES EXPOENTES DA OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES
Dom Marcelo Cavalheiro, Dom José Maria Pires, Dom Helder Câmara
É gritante o que assistimos em nosso meio, inclusive dentro das nossas comunidades religiosas, irmãos e irmãs vivendo em pobreza extrema, enquanto uma meia dúzia de pessoas gozam de grandes privilégios. Entendo que não pode ser visto se não pelo aspecto da injustiça, exclusão e miséria. Tal realidade foi configurada e dada como nomenclatura de desigualdade social. Dai porque os encontros de Medelim e Aparecida, vão nos fazer o seguinte questionamento: Como ser autênticos discípulos-missionários de Jesus diante desse contexto? O povo tem la suas gigantésticas iniciativas, e por sinal muito animadoras, inclusive proféticas, mostrando que é preciso haver libertação, pois se vive uma real escravidão. Mas também é urgente que se muda também a forma como evangelizar, reconhecendo a realidade de cada cultura. A opção preferencial pelo pobre é bíblica e cristocêntrica, como Jesus mesmo vai falar,e igualmente outros personagens da história cristã que souberam encarnar nas suas vidas o que Jesus viveu e ensinou, como:Jesus pregou e ensinou a seus discípulos/as nas bem-aventuranças do Reino de Deus (Lc 6,20 e Mt 5,3), em seu ministério (discurso na sinagoga de Lc 4,16ss. e práticas de curas, acolhida e exortações) e na sua prerrogativa do julgamento final (“benditos de meu Pai” de Mt 25,31ss), por exemplo. Esta opção foi vivida ao longo destes 20 séculos pelos discípulos de Jesus e recordada em momentos de “crise” (com Antão, Francisco de Assis, Charles de Foucald, Teresa de Calcutá etc.). Com o passar do tempo esta realidade foi concebida de maneira a tornar uma norma de vida para todos nós, a nos dedicarmos aos nossos irmãos e irmãs necessitados, mas também que levemos uma vida mais simples, livres da escravidão da ostentação, principalmente. Tal prática evangélica, e norma de vida, passaram a ser sistematizadas e colocadas em senso comum a partir do Concílio Vaticano II, principalmente como o grupo da “Igreja dos pobres”, e sendo assumida pela Igreja Latino Americana nas Conferências Episcopais que marcam profundamente pelo seu aspecto de inserção na realidade do povo: "Medellín (libertação), Puebla (comunhão e participação), Santo Domingo (inculturação) e Aparecida (missão). Estas conferências impregnaram também um caráter sacramental, um caráter indelével na Igreja latino-americana, como a opção pelos e com os pobres, a libertação, participação, CEBs, metodologia ver-julgar-agir” (Entrevista com Paulo Suess feita pela IHU). Neste sentido, somos chamados a continuar esta caminhada, revendo os passos dados, sejam com avanços ou retrocessos.(Pe.Rosival Gomes da Silva)

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