segunda-feira, 25 de março de 2013

MANSIDÃO ACOMPANHADA DE DOR - LAUDES

Laudes

V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente às Laudes.

Hino

O fel lhe dão por bebida
sobre o madeiro sagrado.
Espinhos, cravos e lança
ferem seu corpo e seu lado.
No sangue e água que jorram,
mar, terra e céu são lavados.
Ó cruz fiel sois a árvore
mais nobre em meio às demais,
que selva alguma produz
com flor e frutos iguais.
Ó lenho e cravos tão doces,
um doce peso levais.
Árvore, inclina os teus ramos,
abranda as fibras mais duras.
A quem te fez germinar
minora tantas torturas.
Leito mais brando oferece
ao Santo Rei das alturas.
Só tu, ó Cruz, mereceste
suster o preço do mundo
e preparar para o náufrago
um porto, em mar tão profundo.
Quis o cordeiro imolado
banhar-te em sangue fecundo.
Glória e poder à Trindade.
Ao Pai e ao Filho Louvor.
Honra ao Espírito Santo.
Eterna glória ao Senhor,
que nos salvou pela graça
e nos remiu pelo amor.
A vós, Trindade clemente,
com toda a terra adoramos,
e no perdão renovados
um canto novo cantamos.


Salmodia
Ant. 1 A minha alma está triste até à morte:
ficai aqui e comigo vigiai.

Salmo 41(42)
Sede de Deus e saudades do templo Quem tem sede, venha, e quem quiser, receba, de graça, a água da vida (Ap 22,17).
2 Assim como a corça suspira *
pelas águas correntes,
– suspira igualmente minh'alma *
por vós, ó meu Deus!

3 Minha alma tem sede de Deus, *
e deseja o Deus vivo.
– Quando terei a alegria de ver *
a face de Deus?

4 O meu pranto é o meu alimento *
de dia e de noite,
– enquanto insistentes repetem: *
'Onde está o teu Deus?'

5 Recordo saudoso o tempo *
em que ia com o povo.
– Peregrino e feliz caminhando *
para a casa de Deus,
– entre gritos, louvor e alegria *
da multidão jubilosa.

6 Por que te entristeces, minh'alma, *
a gemer no meu peito?
– Espera em Deus! Louvarei novamente *
o meu Deus Salvador!

7 Minh'alma está agora abatida, *
e então penso em vós,
– do Jordão e das terras do Hermon *
e do monte Misar.

8 Como o abismo atrai outro abismo, *
ao fragor das cascatas,
– vossas ondas e vossas torrentes *
sobre mim se lançaram.

9 Que o Senhor me conceda de dia *
sua graça benigna
– e de noite, cantando, eu bendigo *
ao meu Deus, minha vida.

10 Digo a Deus: 'Vós que sois meu amparo, *
por que me esqueceis?
– Por que ando tão triste e abatido *
pela opressão do inimigo?'

11 Os meus ossos se quebram de dor, *
ao insultar-me o inimigo;
– ao dizer cada dia de novo: *
'Onde está o teu Deus?'

12 Por que te entristeces, minh'alma, *
a gemer no meu peito?
– Espera em Deus! Louvarei novamente *
o meu Deus Salvador!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. A minha alma está triste até à morte:
ficai aqui e comigo vigiai.

Ant. 2 É agora o julgamento deste mundo,
e seu príncipe será lançado fora.

Cântico Eclo 36,1-7.13-16
Súplica pela cidade santa, Jerusalém A vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que
tu enviaste, Jesus Cristo (Jo 17,3).

1 Tende piedade e compaixão, Deus do universo, *
e mostrai-nos vossa luz, vosso perdão!
2 Espalhai vosso temor sobre as nações, *
sobre os povos que não querem procurar-vos,
– para que saibam que só vós é que sois Deus, *
e proclamem vossas grandes maravilhas. –

3 Levantai a vossa mão contra os estranhos, *
para que vejam como é grande a vossa força.
4 Como em nós lhes demonstrastes santidade, *
assim mostrai-nos vossa glória através deles,
5 para que saibam e confessem como nós *
que não há um outro Deus, além de vós!

6 Renovai vossos prodígios e portentos, *
7 glorificai o vosso braço poderoso!
13 Reuni todas as tribos de Jacó, *
e recebam, como outrora, a vossa herança.

=14 Deste povo que é vosso, tende pena, †
e de Israel de quem fizestes primogênito, *
e a quem chamastes com o vosso próprio nome!
15 Apiedai-vos de Sião, vossa cidade, *
o lugar santificado onde habitais!
16 Enchei Jerusalém com vossos feitos, *
e vosso povo, com a luz de vossa glória!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. É agora o julgamento deste mundo,
e seu príncipe será lançado fora.

Ant. 3 O autor de nossa fé, que a leva à perfeição,
aceitou sofrer na cruz, desprezando a ignomínia;
mas agora está na glória, à direita de Deus Pai.

Salmo 18 A(19)
Louvor ao Deus Criador O sol que nasce do alto nos visitará, para dirigir nossos passos no caminho da paz (Lc
1,78.79).

2 Os céus proclamam a glória do Senhor, *
e o firmamento, a obra de suas mãos;
3 o dia ao dia transmite esta mensagem, *
a noite à noite publica esta notícia.

4 Não são discursos nem frases ou palavras, *
nem são vozes que possam ser ouvidas;
5 seu som ressoa e se espalha em toda a terra, *
chega aos confins do universo a sua voz.

6 Armou no alto uma tenda para o sol; *
ele desponta no céu e se levanta
– como um esposo do quarto nupcial, *
como um herói exultante em seu caminho.

7 De um extremo do céu põe-se a correr *
e vai traçando o seu rastro luminoso,
– até que possa chegar ao outro extremo, *
e nada pode fugir ao seu calor.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. O autor de nossa fé, que a leva à perfeição,
aceitou sofrer na cruz, desprezando a ignomínia;
mas agora está na glória, à direita de Deus Pai.

Leitura breve Jr 11,19-20
Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício, e não sabia que tramavam contra mim:
“Vamos cortar a árvore em toda sua força, eliminá-lo do mundo dos vivos, para seu nome não
ser mais lembrado”. E tu, Senhor dos exércitos, que julgas com justiça e perscrutas os afetos do
coração, concede que eu veja a vingança que tomarás contra eles, pois eu te confiei a minha
causa.

Responsório breve
R. Lembra-te de Cristo, ressuscitado dentre os mortos!
* Ele é nossa salvação e nossa glória para sempre.
R. Lembra-te.
V. Se com ele nós morremos, também com ele viveremos.
* Ele é. Glória ao Pai. R. Lembra-te.

CÂNTICO EVANGÉLICO(BENEDICTUS) Lc 1,68-79
Ant. Ó Pai justo, o mundo não te conheceu;
eu, porém, te conheci, pois me enviaste.
O Messias e seu Precursor
68 Bendito seja o Senhor Deus de Israel, *
que a seu povo visitou e libertou;

69 e fez surgir um poderoso Salvador *
na casa de Davi, seu servidor,

70 como falara pela boca de seus santos, *
os profetas desde os tempos mais antigos,

71 para salvar-nos do poder dos inimigos *
e da mão de todos quantos nos odeiam.

72 Assim mostrou misericórdia a nossos pais, *
recordando a sua santa Aliança

73 e o juramento a Abraão, o nosso pai, *
de conceder-nos 74 que, libertos do inimigo,

= a ele nós sirvamos sem temor †
75 em santidade e em justiça diante dele, *
enquanto perdurarem nossos dias.

=76 Serás profeta do Altíssimo, ó menino, †
pois irás andando à frente do Senhor *
para aplainar e preparar os seus caminhos,

77 anunciando ao seu povo a salvação, *
que está na remissão de seus pecados;

78 pelo amor do coração de nosso Deus, *
Sol nascente que nos veio visitar

79 lá do alto como luz resplandecente *
a iluminar a quantos jazem entre as trevas

= e na sombra da morte estão sentados †
e para dirigir os nossos passos, *
guiando-nos no caminho da paz.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Ó Pai justo, o mundo não te conheceu;
eu, porém, te conheci, pois me enviaste.
Preces
Imploremos a Cristo Salvador, que nos remiu por sua morte e ressurreição; e digamos:

R. Senhor, tende piedade de nós!

Vós, que subistes a Jerusalém para sofrer a Paixão, e assim entrar na glória,
conduzi vossa Igreja à Páscoa da eternidade. R.

Vós, que, elevado na cruz, deixastes a lança do soldado vos traspassar,
curai as nossas feridas. R.

Vós, que transformastes o madeiro da cruz em árvore da vida,
concedei de seus frutos aos que renasceram pelo batismo. R.

Vós, que, pregado na cruz, perdoastes o ladrão arrependido,
perdoai-nos também a nós pecadores. R.

(intenções livres)

Pai nosso...

Oração
Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela
Paixão do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora
O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.

(Minha meditação)
 

MANSIDÃO ACOMPANHADA DE DOR
Vemos diariamente alianças sendo rompidas como fruto da corrupção do homem com o mundo. Pois, não é tão difícil detectarmos um mundo movido pela ganância do poder, onde não a mínima preocupação com os que sofrem. E aí nos veem uma pergunta: Por que será que há um mundo que se cala frente a tantas realidades opressoras das classes baixas? Não creio que seja falta de consciência politizada, ou quem estejam achando que tudo vai bem; ou que estejam entregando à responsabilidade de Deus. Não pode ser, porque o Deus que conheço e que procuro viver, não se calou, ainda hoje, continua conclamando por justiça, utilizando-se de nós, para não nos conformarmos com um mundo que está se auto destruindo, e consigo levando milhões de filhos e filhas, para os quais enviou seu Filho, e  d’Ele pediu o mais dos horrendos sacrifícios, mesmo tendo garantindo-lhe a ressurreição, a vida eterna. E d’Ele lemos e meditamos as palavras que nos reanimam  à uma vida de compromisso, pois é pelo seu sangue derramado por cada um de nós, e dos povos de todos os tempos, culturas e raças, que tomando posse d’Ele, que temos de dar continuidade ao projeto de propagação das verdades da nossa fé, levando a libertação a muitas pessoas que parecem viverem na escuridão, fechando os olhos para as injustiças, onde muitos se calam por estarem, de certo modo, dependendo de algum emprego. E a sociedade política parece criar necessidades básicas às pessoas, justamente para que elas fiquem presas a eles, cujos direitos são sufragados, negados absurdamente. “Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício, e não sabia que tramavam contra mim: “Vamos cortar a árvore em toda sua força, eliminá-lo do mundo dos vivos, para seu nome não ser mais lembrado”. E tu, Senhor dos exércitos, que julgas com justiça e perscrutas os afetos do coração, concede que eu veja a vingança que tomarás contra eles, pois eu te confiei a minha causa”. O nosso silêncio não deve ser visto como omissão, ou que tudo está bem, mas uma luta interior, para vencermos os inimigos do bem à nossa volta.
 
 
 
 
 
 
 
 







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