domingo, 9 de abril de 2017

REFLEXÃO PESSOAL - Pe.Rosival Gomes da Silva - DOMINGO DE RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR II Vésperas

DOMINGO DE RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR
II Vésperas
REFLEXÃO PESSOAL - Pe.Rosival Gomes da Silva
Leitura breve  At 13,26-30a 
Irmãos, a nós foi enviada esta mensagem de salvação. Os habitantes de Jerusalém e seus chefes não reconheceram a Jesus e, ao condená-lo, cumpriram as profecias que se leem todos os sábados. Embora não encontrassem nenhum motivo para a sua condenação, pediram a Pilatos que fosse morto. Depois de realizarem tudo o que a Escritura diz a respeito de Jesus, eles o tiraram da cruz e o colocaram num túmulo. Mas Deus o ressuscitou dos mortos. 

Jesus é o grande anúncio! Ele é a esperança para um povo sofrido, massacrado, humilhado pelos poderoso do mundo antigo. Mas com o passar dos tempos vemos que a história se repete, igualmente como tempo de Jesus. Eles esperavam um Cristo adocicado, melancólico, contudo, deixavam de ver que Ele tinha um projeto de vida, o qual tinha como base a salvação, a libertação dos povos oprimidos. Vemos que os da sua época não O reconhecem como o enviado, criaram para Ele situações embaraçosas, para O condenar, mesmo com o pretexto de cumprir as Escrituras. O fato é que Jesus foi contra a hegemonia, o poder meramente humano. A ação de Jesus em Marcos é em favor dos pobres e marginalizados da sociedade da época. As ações de Jesus comprovam quem Ele é verdadeiramente. Jesus não é simplesmente um reformador social, como tantos que surgiram na sua época, mas ele é o Cristo/Messias esperado pelos Judeus é o filho de Deus enviado pelo Pai (conf. Mc 1,11). 
Do Getsêmani foi o Cristo cativo e manietado arrastado à presença dos governantes judaicos. Somente João nos informa que o Senhor foi primeiramente levado a Anás, que O mandou, ainda amarrado, a Caifás, o sumo sacerdote;a os sino ticos registram apenas a acusação diante de Caifás.b Nenhum detalhe da entrevista com Anás foi registrado, e o fato de haver Jesus sido levado diante dele fora, afinal, tão certamente irregular e ilegal, de acordo com a lei hebraica, quanto todos os acontecimentos subseqüentes daquela noite. Anás, que era sogro de Caifás, havia sido deposto da função de sumo sacerdote vinte anos antes, mas durante todo esse período, havia exercido uma poderosa influência em todos os negócios hierárquicosc Caifás, conforme João cuidadosamente nos recorda, “era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.” 
No palácio de Caifás, os principais dos sacerdotes, escribas, e anciãos do povo juntaram-se numa reunião informal do sinédrio, ou em outros termos, todos ansiosamente esperando o resultado da expedição conduzida por Judas. Quando Jesus, o objeto de seu ódio figadal e vítima predeterminada, foi introduzido como prisioneiro manietado, foi imediatamente posto em julgamento em desrespeito à lei, tanto escrita quanto tradicional, da qual aqueles governantes judaicos reunidos professavam ser tão zelosos guardiães. Nenhuma audiência legal sobre acusação capital podia ser realizada devidamente senão no tribunal designado e oficial do sinédrio. Entendemos da narrativa do quarto evangelho que o Prisioneiro foi, em primeiro lugar, submetido a interrogatório pelo próprio sumo sacerdote.e Aquele funcionário, se se tratava de Anás ou de Caifás é uma questão de inferência, inquiriu Jesus a respeito de Seus discípulos e Sua doutrina. Tal inquérito preliminar era completamente ilegal, porquanto o código hebreu determinava que as testemunhas de acusação em qualquer caso proposto ao tribunal, definissem a imputação contra o citado, e que o último deveria ser protegido contra qualquer esforço de fazê-lo testificar contra si mesmo. A réplica do Senhor deveria ter sido um protesto suficiente ao sumo sacerdote contra novo procedimento ilegal. Declarou-lhe Jesus: “Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto. Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito.” Tratava-se de uma objeção legal contra o negar-se a um prisioneiro em julgamento o direito de ser confrontado com seus acusadores, mas foi recebida com evidente desprezo, e um dos oficiais próximos, desejoso talvez de granjear favor de seus superiores, lançou a Jesus uma traiçoeira bofetada,f acompanhada da pergunta: “Assim respondes ao sumo sacerdote?” A esse ataque covarde, o Senhor respondeu com mansidão quase sobre-humana:g “Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, por que me feres?” Embora mesclada de submissão, esta resposta constituía mais um apelo aos princípios de justiça; se o que dissera Jesus era errado, por que o atacante não O acusava, e se havia falado acertadamente, que direito tinha o oficial de polícia de julgar, condenar, e punir, e tudo isso também, na presença do sumo sacerdote? A lei e a justiça haviam sido destronadas naquela noite. 
“Ora os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-Lhe a morte.”h Se “todo o conselho” significava um quórum legal, que poderiam ser vinte e três ou mais, ou a presença total dos setenta e dois sinedristas, há pouca importância. Qualquer sessão do sinédrio à noite, e mais ainda para considerar uma acusação capital, violava diretamente a lei judaica. De igual modo era ilegal o conselho considerar tal acusação em dia de sábado, de festa, ou na véspera de qualquer desses dias. No sinédrio, todos os membros eram juízes; o corpo judicial destinava-se a ouvir o testemunho e, de acordo com esse testemunho e nada mais, tomar uma decisão, em cada caso devidamente apresentado. Os acusadores deveriam comparecer pessoalmente, e receber uma advertência preliminar contra a prestação de falso testemunho. Todo aquele que se defendesse, deveria ser considerado e tido como inocente até ser declarado culpado dentro do devido procedimento. Entretanto, no falso julgamento de Jesus, os juízes não só procuraram testemunhas, mas especificamente tentaram encontrar testemunhas falsas. Embora muitas testemunhas falsas tivessem aparecido, não havia contudo “testemunho” contra o Prisioneiro, porquanto os perjuros subornados não conseguiam chegar a um acordo entre si mesmos; e até os próprios sinedristas sem lei hesitavam em violar abertamente a exigência fundamental de que, pelo menos duas testemunhas concordantes testificassem contra a pessoa acusada, pois que, de outra forma, o caso deveria ser encerrado.

  
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio. R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Hino
Do Rei avança o estandarte,
fulge o mistério da Cruz,
onde por nós foi suspenso
o autor da vida, Jesus. 
Do lado morto de Cristo,
ao golpe que lhe vibraram,
para lavar meu pecado
o sangue e água jorraram. 
Árvore esplêndida e bela,
de rubra púrpura ornada,
de os santos membros tocar
digna só tu foste achada. 
Ó Cruz feliz, dos teus braços
 do mundo o preço pendeu;
balança foste do corpo
que ao duro inferno venceu. 
Salve, ó altar, salve vítima,
eis que a vitória reluz:
a  vida em ti fere a morte,
morte que à vida conduz. 
Salve, ó cruz, doce esperança,
concede aos réus remissão;
dá-nos o fruto da graça,
que floresceu na Paixão. 
Louvor a vós, ó Trindade,
fonte de todo perdão,
aos que na Cruz foram salvos,
dai a celeste mansão.
Salmodia 
Ant. 1 Deus Pai exaltou à sua direita
o seu Cristo humilhado e esmagado.
Salmo 109(110),1-5.7 ouvir: 
O Messias, Rei e Sacerdote
É preciso que ele reine, até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés (1Cor 15,25). 
1 Palavra do Senhor ao meu Senhor: *
'Assenta-te ao meu lado direito

– até que eu ponha os inimigos teus *
como escabelo por debaixo de teus pés!' –

=2 O Senhor estenderá desde Sião †
vosso cetro de poder, pois Ele diz: *
'Domina com vigor teus inimigos;

=3 tu és príncipe desde o dia em que nasceste; †
na glória e esplendor da santidade, *
como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!'

=4 Jurou o Senhor e manterá sua palavra: †
'Tu és sacerdote eternamente, *
segundo a ordem do rei Melquisedec!'

5 À vossa destra está o Senhor, Ele vos diz: *
'No dia da ira esmagarás os reis da terra!
7 Beberás água corrente no caminho, *
por isso seguirás de fronte erguida!'
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Ant. Deus Pai exaltou à sua direita
o seu Cristo humilhado e esmagado. 

Ant. 2 Pelo sangue de Jesus, purificados,
sirvamos ao Deus vivo para sempre!
Salmo 113 B(115) ouvir: 
Louvor ao Deus verdadeiro
Vós vos convertestes, abandonando os falsos deuses, para servir ao Deus vivo e verdadeiro (1Ts 1,9). 
=1 Não a nós, ó Senhor, não a nós, †
ao vosso nome, porém, seja a glória, *
porque sois todo amor e verdade!
2 Por que hão de dizer os pagãos: *
'Onde está o seu Deus, onde está?'

3 É nos céus que está o nosso Deus, *
ele faz tudo aquilo que quer.
4 São os deuses pagãos ouro e prata, *
todos eles são obras humanas. 

5 Têm boca e não podem falar, *
têm olhos e não podem ver;
6 têm nariz e não podem cheirar, *
tendo ouvidos, não podem ouvir.

=7 Têm mãos e não podem pegar, †
têm pés e não podem andar; *
nenhum som sua garganta produz.
8 Como eles serão seus autores, *
que os fabricam e neles confiam.

9 Confia, Israel, no Senhor. *
Ele é teu auxílio e escudo!
10 Confia, Aarão, no Senhor. *
Ele é teu auxílio e escudo!
11 Vós que o temeis, confiai no Senhor. *
Ele é vosso auxílio e escudo!

12 O Senhor se recorda de nós, *
o Senhor abençoa seu povo.
– O Senhor abençoa Israel, *
o Senhor abençoa Aarão;

13 abençoa aqueles que o temem, *
abençoa pequenos e grandes!
14 O Senhor multiplique a vós todos, *
a vós todos, também vossos filhos!
15 Abençoados sejais do Senhor, *
do Senhor que criou céu e terra!

16 Os céus são os céus do Senhor, *
mas a terra ele deu para os homens.
17 Não vos louvam os mortos, Senhor, *
nem aqueles que descem ao silêncio.
18 Nós, os vivos, porém, bendizemos *
ao Senhor desde agora e nos séculos.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Ant. Pelo sangue de Jesus, purificados,
sirvamos ao Deus vivo para sempre!

Ant. 3 Carregou sobre si nossas culpas
em seu corpo no lenho da cruz,
para que, mortos aos nossos pecados,
na justiça de Deus nós vivamos.
Cântico 1Pd 2,21-24 
A paixão voluntária de Cristo, Servo de Deus 
=21 O Cristo por nós padeceu, †
deixou-nos o exemplo a seguir. *
Sigamos,portanto, seus passos!
22 Pecado nenhum cometeu, *
nem houve engano em seus lábios. 
(R. Por suas chagas nós fomos curados.) 

=23 Insultado, ele não insultava; †
ao sofrer e ao ser maltratado, *
ele não ameaçava vingança;
– entregava, porém, sua causa *
Àquele que é justo juiz. 
(R.) Por suas chagas nós fomos curados.
24 Carregou sobre si nossas culpas *
em seu corpo, no lenho da cruz,
= para que, mortos aos nossos pecados, †
na justiça de Deus nós vivamos. *
Por suas chagas nós fomos curados. 
(R.)Por suas chagas nós fomos curados.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Ant. Carregou sobre si nossas culpas
em seu corpo no lenho da cruz,
para que, mortos aos nossos pecados,
na justiça de Deus nós vivamos.

Leitura breve  At 13,26-30a 
Irmãos, a nós foi enviada esta mensagem de salvação. Os habitantes de Jerusalém e seus chefes não reconheceram a Jesus e, ao condená-lo, cumpriram as profecias que se leem todos os sábados. Embora não encontrassem nenhum motivo para a sua condenação, pediram a Pilatos que fosse morto. Depois de realizarem tudo o que a Escritura diz a respeito de Jesus, eles o tiraram da cruz e o colocaram num túmulo. Mas Deus o ressuscitou dos mortos. 

Responsório breve 
R. Nós vos bendizemos e adoramos,
* Ó Jesus, nosso Senhor. R.Nós vos.
V. Por vossa cruz vós redimistes este mundo.* Ó Jesus.
Glória ao Pai. R. Nós vos.
CÂNTICO EVANGÉLICO (MAGNIFICAT) Lc 1,46-55
Ant. Está escrito: O pastor há de ser morto,
e as ovelhas haverão de dispersar-se.
Mas depois que eu tiver ressuscitado,
estarei antes de vós na Galiléia;
lá havereis de me encontrar, diz o Senhor.
A alegria da alma no Senhor ouvir: 
46 A minha alma engrandece ao Senhor * 47 e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador;
48 pois ele viu a pequenez de sua serva, *
desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.

49 O Poderoso fez por mim maravilhas *
e Santo é o seu nome!
50 Seu amor, de geração em geração, *
chega a todos que o respeitam;

51 demonstrou o poder de seu braço, *
dispersou os orgulhosos;
52 derrubou os poderosos de seus tronos *
e os humildes exaltou;
53 De bens saciou os famintos, *
e despediu, sem nada, os ricos.
54 Acolheu Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor,

55 como havia prometido aos nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Está escrito: O pastor há de ser morto,
e as ovelhas haverão de dispersar-se.
Mas depois que eu tiver ressuscitado,
estarei antes de vós na Galiléia;
lá havereis de me encontrar, diz o Senhor.
Preces 
Adoremos o Salvador do gênero humano, que subiu a Jerusalém para sofrer a Paixão e assim entrar na glória; e peçamos com humildade:

R. Santificai, Senhor, o povo que remistes com vosso sangue! 

Jesus, nosso Redentor, concedei que, pela penitência, nos associemos cada vez mais plenamente à vossa Paixão,
 a fim de alcançarmos a glória da ressurreição.R.
Santificai, Senhor, o povo que remistes com vosso sangue! 
Acolhei-nos sob a proteção de Maria,vossa Mãe, consoladora dos aflitos,
 para podermos confortar os tristes como mesmo auxílio que de vós recebemos. R.
Santificai, Senhor, o povo que remistes com vosso sangue! 
Olhai para aqueles que por nossa culpa desfalecem no caminho;
 ajudai-os e corrigi-nos, para que prevaleçam a justiça e a caridade. R.
Santificai, Senhor, o povo que remistes com vosso sangue! 
Senhor Jesus, que vos humilhastes na obediência até à morte e morte de cruz,
 ensinai-nos a ser obedientes e a sofrer com paciência. R.
Santificai, Senhor, o povo que remistes com vosso sangue! 
(intenções livres) 
Tornai os corpos de nossos irmãos e irmãs falecidos semelhantes à imagem do vosso corpo glorioso,
 e fazei-nos dignos de participar um dia, com eles, da vossa glória. R.
Santificai, Senhor, o povo que remistes com vosso sangue! 
Pai nosso.

Oração

Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos seres humanos um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua Paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 

Conclusão da Hora 

O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.

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